
Em entrevista a uma emissora de rádio ontem em Natal, a governadora Wilma de Faria (PSB) descartou a continuidade da aliança entre seu partido e o PMDB e criticou a forma de o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) fazer política.
"Nós não somos aliados. Nós estivemos juntos na eleição para a Prefeitura do Natal apoiando Fátima Bezerra. Mas eu e Garibaldi estamos livres para fazermos qualquer tipo de aliança política visando às eleições de 2010", enfatizou a governadora.
Wilma também voltou a afirmar o erro dos partidos em desistirem de suas candidaturas próprias para lançarem a candidata do PT, Fátima Bezerra, e afirmou que o fato de o PSB haver perdido o comando em mais de 20 municípios não significa que o partido tenha fracassado, já que "em muitos municípios o prefeito é nosso aliado".
Negando qualquer receio de disputar sozinha as eleições de 2010, Wilma de Faria declarou que todo o Rio Grande do Norte conhece a coragem e a independência dela e ressaltou que não existe candidatura imbatível. "Garibaldi era tido como um candidato imbatível e perdeu a eleição para o Governo do Estado", lembrou.
Garibaldi foi citado em vários momentos pela governadora. Principalmente, quando a chefe do Executivo criticou a falta de empenho do senador potiguar em trazer benefícios para o Estado. "Ele não teve condições de trazer nenhum benefício especial para o Estado mesmo sendo o terceiro homem mais poderoso do país", comentou. Sobre o que ela espera de Garibaldi, a governadora pediu que “o senador aproveite melhor os últimos dias no cargo, lutando pelo Rio Grande do Norte. Isso, se não for reeleito”.
Indicando o vice-governador Iberê Ferreira (PSB), o deputado estadual Robinson Faria (PMN), o atual prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PSB), e o deputado Federal João Maia (PR), como pré-candidatos à sua sucessão, a governadora marcou o mês de julho de 2009 como o período ideal para a sua base aliada definir o nome do candidato a governador. Sobre a sua própria candidatura ao Senado, Wilma declarou que é normal que ela seja candidata, mas que isso era uma decisão de seu partido.
Como já tinha adiantado ao jornal O Mossoroense, a governadora descartou uma reforma administrativa, mas admitiu a possibilidade de fazer ajustes em sua equipe. O anúncio dos novos nomes deve ser feito no dia 15 de janeiro, mas ela não revelou quais as áreas que serão afetadas.
Wilma também comentou sobre as medidas que tem tomado para evitar maior repercussão da crise financeira global no Rio Grande do Norte e garantiu que a Agenda do Crescimento, lançada em janeiro de 2007, não havia sido prejudicada até o momento. Mas admitiu que a economia do Estado pode sofrer já a partir do próximo mês. "Não sabemos o que vai acontecer a partir de janeiro. É um período de muitas incertezas."
Independente de crise, a governadora prometeu que sua administração concentrará esforços no desenvolvimento do turismo, agropecuária, recursos hídricos e na construção de estradas e casas populares.
Fonte: O Mossoroense
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