
[Apodi Agora]
Medo de adulto, retração, constrangimento, dores e corrimentos vaginal ou anal. Esses são os principais sintomas apresentados por crianças que sofrem algum tipo de abuso sexual.
A pedofilia, o desejo forte e repetido de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes, infelizmente, não escolhe cor, gênero ou classe social. Para identificar se o seu filho está sofrendo algum tipo de abuso, os pais têm que estar muito atentos ao comportamento da criança.
Diferentemente da exploração sexual infantil, a pedofilia não possui fins lucrativos financeiramente, não acontece em prostíbulos e seus abusadores cometem o crime apenas pela sensação de prazer.
A psicóloga da Vara da Infância e da Juventude, Érica Pedrosa, informa que aqueles que praticam a pedofilia são acometidos por distúrbios de personalidade, mas não são doentes mentais, por isso sempre têm consciência do que estão fazendo e devem ser considerados e julgados como criminosos.
"Estudos afirmam que 80% das crianças abusadas tendem a ser abusadores quando se tornarem adultos", diz a psicóloga.
Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia - anônima ou não - sobre uma suspeita de pedofilia, entre outras instituições, o Conselho Tutelar, a Vara da Infância, a Promotoria e o Disque 100 podem ser contatados.
Como forma de auxílio às vítimas, após a confirmação do abuso sofrido, a Justiça solicita o encaminhamento das mesmas a locais como o Centro de Referência de Assistência Social, já que estas necessitarão de tratamento psicológico para reestruturação de personalidade.
Ainda de acordo com a psicóloga, por ser um meio de comunicação livre, a Internet permite que um grande número de sites e comunidades façam apologia à pedofilia, cabendo aos pais, a tarefa de controlar o acesso e as conversas que seus filhos estabelecem na rede.
Agindo silenciosamente, a prática da pedofilia em Mossoró tem preocupado e dificultado a ação das entidades responsáveis pela proteção a crianças e adolescentes. A Vara da Infância e da Juventude e os agentes judiciários de proteção - juntamente com as polícias militar, civil e rodoviária federal - têm feito fiscalizações três vezes por semana, no mínimo, tanto nas estradas próximas a Mossoró, quanto dentro da cidade.
Quando muitos casos não são identificados nem denunciados, o silêncio também impede a produção de dados estatísticos relacionados à incidência e ao desenvolvimento da ação criminosa. Por isso, em Mossoró não existem estudos relacionados a este tema.
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