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As exportações do setor da fruticultura no Rio Grande do Norte tiveram um pequeno acréscimo de 4% nos meses de janeiro e fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte (Coex), Segundo de Paula. Apesar de inexpressivo, esse número contrasta com a recente crise mundial, e as expectativas dos produtores são de grandes quedas neste ano.
"Em relação ao ano passado, por incrível que pareça, aumentou um pouco, mas nós acreditamos que teremos pela frente uma grande crise por causa da situação atual da economia", conta Segundo. Ele explica que 60% dos empregados no setor são demitidos sazonalmente ao final do período de colheita. "Esses empregados saem porque trabalham sazonalmente e também porque são pequenos produtores. Mas o problema é quantos desses nós vamos absorver neste ano", afirma o presidente.
Ele acredita que a redução nas contratações trará um forte impacto para o setor, principalmente se os fruticultores não receberem ajuda dos governos estadual e federal. "Nós temos direito a sermos restituídos pelo pagamento dos nossos impostos, como o ICMS que é estadual e o Cofins, que é federal. Essa restituição já iria exonerar muito os nossos gastos", frisa Segundo.
Sem a ajuda do poder público, o presidente do Coex afirma que o setor não tem nem ideia da queda que irá sofrer. "Se o governo não restituir os impostos, ninguém sabe quanto vai cair o percentual de contratações e de exportações", afirma Segundo. Ele ainda informa que as contratações para a safra de 2009 deveriam começar no final de maio, mas com as incertezas que rodeiam o setor, até mesmo essa previsão pode ser alterada.
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