Download - Mudanças no estilo de vida são fundamentais para prevenir e evitar um infarto do miocárdio

quarta-feira, 29 de abril de 2009

[Apodi Agora]

De repente, a vida do aposentado José Roque, 79 anos, mudou completamente. Os hábitos diários, as comidas e os cuidados com a saúde passaram a ter uma atenção especial desde o dia 9 de abril do ano passado, quando ele sofreu um infarto do miocárdio.

"Nunca tinha sentido nenhum problema no coração. Naquele dia, comecei a me sentir mal, com uma dor muito forte e, quando cheguei ao hospital, os médicos disseram que eu tive um infarto", relembra o aposentado. Ele conta ainda que, antes de ter o ataque cardíaco, fazia tratamento para controlar a pressão alta e atribui a esse fator a causa do incidente.

José Roque relata que ficou 19 dias internado até voltar para casa. Antes de receber alta, foi submetido a exames, como teste ergométrico e ecocardiograma, para certificar-se do seu estado de saúde. Desde então, adotou uma nova rotina. "Comecei a fazer caminhada todos os dias e controlar a alimentação, em especial o sal. Além disso, a cada seis meses faço um check-up para saber como está minha saúde", diz o aposentado.

A mudança no estilo de vida aderida pelo aposentado depois do infarto é extremamente necessária para evitar que o problema cardíaco volte a atacá-lo. É o que informa o cardiologista Flávio Veras. E ele ainda enfatiza que adotar práticas saudáveis é recomendado, inclusive, para prevenir o primeiro infarto.

Conforme o profissional, o infarto do miocárdio, popularmente conhecido como ataque cardíaco, vem sendo responsável por grande número de internações hospitalares e de mortes no Brasil. Além de a pressão alta, o diabetes, os níveis elevados de colesterol no sangue, o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, a idade avançada e casos familiares de problemas cardíacos são os fatores de risco para o desenvolvimento de infarto.

"A única forma de prevenir um ataque cardíaco ou mesmo evitar que o caso volte a se repetir é combater os fatores de risco. Quem tem pressão alta ou obesidade deve controlar a alimentação, quem tem uma vida sedentária deve começar a fazer exercícios, quem fuma deve parar de fumar, e assim por diante", orienta Flávio Veras.

O especialista ressalta que os casos de infarto provocados por fatores hereditários são os mais difíceis de prevenir, uma vez que o indivíduo já tem uma predisposição genética para ter um problema cardíaco, principalmente se já houver casos parecidos na família. Nesses casos, os exames devem ser regulares, e os cuidados no combate aos fatores de risco devem ser redobrados.

Flávio Veras destaca que os indivíduos que sofreram infarto têm risco maior de ter um novo ataque. E alerta que a cada ataque cardíaco, o risco de morte aumenta. "Por isso, as pessoas que tiveram um infarto devem adotar imediatamente hábitos saudáveis para reduzir a possibilidade de um novo problema", frisa o cardiologista.

Contudo, mesmo após um infarto, a pessoa pode levar uma vida relativamente normal, sendo capaz de realizar a maioria das atividades que era capaz, anteriormente. "A única restrição é não se descuidar da saúde e da alimentação".

E José Roque assegura que isso é possível. "Faço a maioria das que fazia antes de ter o infarto. Acredito que minha vida está até melhor do que antes, pois agora sou mais preocupado com a saúde. Só queria não ter precisado passar pelo susto para dar mais atenção ao meu estilo de vida", confessa o aposentado.

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