Download - Imposto sobre cigarros e remédios faz prévia da inflação quase dobrar neste mês de maio

[Apodi Agora]

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) quase dobrou em maio em relação a abril. A pressão principal foi dos aumentos de custos de remédios e cigarros.

O indicador subiu 0,59% neste mês, ante alta de 0,36% em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem.

O IPCA-15 é uma espécie de prévia do IPCA, que é considerado o indicador oficial de inflação do país, pois é nele que é baseada a meta do Governo Federal. Como realiza a medição de preços em um período não calculado pelo IPCA, mostra qual será a tendência do resultado do final do mês (saiba mais sobre o IPCA-15).

Analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters previam taxa de 0,46 por cento, de acordo com a mediana de 30 estimativas que oscilaram de 0,30 a 0,55 por cento.
"Cigarros (alta de 18,42 por cento) e remédios (3,21 por cento) foram os itens que mais contribuíram para o resultado do mês. Juntos, responderam por 0,26 ponto do índice, correspondendo a 44 por cento", disse o IBGE em nota.

O imposto sobre os cigarros foi reajustado recentemente pelo governo para contrabalançar medidas de desoneração para estimular a economia. Os remédios costumam ter elevação nesta época do ano.

Outras pressões vieram de energia elétrica e empregado doméstico.
O IPCA-15 é tido como uma prévia do IPCA, o índice que serve de referência para a meta de inflação do governo.

A metodologia de cálculo é a mesma, apurando a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário.