Download - Gasolina em Mossoró está entre as mais caras do RN

Entre janeiro e outubro deste ano, Mossoró foi a única cidade do Rio Grande do Norte que não apresentou alterações no preço médio cobrado pelo litro de gasolina nos postos de combustíveis pesquisados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Nos dez meses pesquisados, o preço médio do litro do produto estacionou em R$ 2,68, enquanto que nas outras cidades avaliadas pela ANP no Estado (Natal, Currais Novos, Caicó, Parnamirim e São José do Mipibu) houve variação nas bombas.

Em nove dos dez meses analisados, o preço da gasolina em postos mossoroenses ficou acima do cobrado nos estabelecimentos da capital potiguar. As maiores variações entre o preço médio cobrado em Mossoró e Natal ocorreram nos meses de fevereiro, junho, julho e setembro. Nesse último mês, de acordo com a ANP, enquanto o litro da gasolina custava R$ 2,45 em Natal, em Mossoró o mesmo litro custava R$ 2,68.

O taxista Francisco de Freitas, 43 anos, sabe bem o impacto do alto preço do combustível cobrado nos postos de Mossoró. "A gente roda a cidade para ver se encontra mais barato, mas é a mesma coisa. Quando não é R$ 2,69 é R$ 2,68. Dificilmente a gente encontra mais barato", reclama.
O presidente do Sindicato dos Petroleiros (SINDIPETRO), em Mossoró, Márcio Dias, também questiona o preço cobrado nos postos locais. "Não há motivos para esse valor continuar assim. Quem viaja pelo Estado vê que só aqui o preço continua o mesmo há muito tempo. Em outras cidades a gente chega a encontrar gasolina por R$ 2,49, por aí, mas aqui é sempre esses R$ 2,68", comenta.

Das cidades pesquisas pela ANP, São José do Mipibu é a que apresenta a gasolina mais barata, na maior parte dos meses deste ano. Na pesquisa deste mês, o litro da gasolina na cidade apresentou preço médio de R$ 2,31. No mês anterior, o produto custava R$ 2,40. Março foi o mês em que o litro do combustível esteve mais caro na cidade: R$ 2,61.
"Pode ser que haja uma explicação razoável por parte dos donos de postos, mas até agora não consegui encontrar motivos para isso. Está bom de o Ministério Público verificar se esse procedimento está correto com o consumidor mossoroense", provoca o presidente do Sindipetro/Mossoró, Márcio Dias.

Nos bastidores, os donos de postos defendem que não há como baixar o valor da gasolina, alegando que o preço cobrado pelas distribuidoras impede esse benefício. O DE FATO tentou ouvir representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Rio Grande do Norte (SINDIPOSTOS), mas eles não foram encontrados.


Fonte. Jornal De Fato